Marie Curie: a cientista que fez a própria história [Vídeo ▶️]

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Maria Salomea Skłodowska, ou como ficou conhecida: Marie Curie, tinha tudo para ser mais uma garota nascida em Varsóvia, Polônia, em meados do século XIX. Mas ela decidiu fazer mais. Filha de professores, sempre viu nos estudos a chance de fazer a diferença. Mas naquela época, mulheres eram proibidas de frequentar a universidade; por isso se mudou para a França, onde cursou Física e Matemática. E onde, depois da sua graduação, conheceu seu futuro marido, Pierre Curie.

Uma brilhante vida acadêmica

Ele já tinha certa notoriedade na academia de ciência da França e alguns estudos em andamento, como o desenvolvimento de eletrômetros que Marie utilizou para detectar os Raios urânicos ou Raios de Becquerel (em homenagem ao seu descobridor, Antoine Henri Becquerel). Mais tarde, Ernest Rutherford separou esses Raios em radiação alfa, beta e gama, os quais são amplamente utilizados na ciência atualmente. Após a descoberta, ela observou a interação desses elementos com a matéria e, a partir disso, criou as agulhas curianas, que foram o primeiro procedimento de terapia a utilizar radiação. Hoje, esse procedimento é conhecido como braquiterapia. Sua brilhante vida acadêmica resultou em duas conquistas do Prêmio Nobel, tornando-se a única pessoa no mundo laureada duas vezes em categorias científicas. Também foi a primeira mulher a se tornar docente na Universidade de Paris.

Generosidade e desapego

Vista como uma mulher desapegada às coisas materiais e bastante generosa, durante a Primeira Guerra Mundial, Madame Curie utilizou o dinheiro ganho com a conquista do Prêmio Nobel e criou um caminhão equipado com aparelhos de Raios X para atender à população. Ela mesma treinava as pessoas para que pudessem operar os equipamentos adequadamente. Certa vez, também devolveu para o governo da Polônia o dinheiro que este lhe havia concedido para financiar os estudos de uma de suas graduações. Dizia não gostar de dever nada para ninguém.

A vida pessoal de Marie Curie

Marie Curie teve duas filhas, sendo que uma delas – Irène Joliot-Curie – foi igualmente agraciada com o Nobel de Química. Em 1906 ficou viúva, após Pierre Curie morrer atropelado por uma carroça na Rue Dauphine, no centro de Paris. Passados treze anos desde que se tornara viúva, Marie teve um caso com um ex-aluno de Pierre Curie, Paul Langevin. Altamente criticada pela sociedade, sofreu não só pelo preconceito, mas também teve sua casa apedrejada por isso. Sobre esse episódio, foi defendida por Albert Einstein, que escreveu uma carta à academia de ciência francesa para que alguma medida fosse tomada. Em sua visita ao Brasil entre julho e agosto de 1926, Madame Curie também foi hostilizada pelas mulheres, que de forma completamente ignorante orientavam seus maridos a não se aproximarem da cientista.

Apesar dessas questões e dificuldades, a notoriedade de seus feitos pela ciência ganharam destaque e ela foi agraciada com o Prêmio Nobel por duas vezes, tornando-se a única mulher a ganhar duas vezes. Mas como na época não se sabia dos riscos da exposição à radioatividade, Madame Curie morreu em decorrência de uma leucemia, em 4 de julho de 1934. Apesar da sua morte precoce, o legado de Marie Curie é presente até hoje na ciência, seja para a descoberta ou para o tratamento de doenças.

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