Controle de Qualidade em Mamografia
Da importância de um exame bem feito, temos de assegurar que o equipamento em questão, nesse caso a mamografia esteja de acordo com o especificado na legislação. Desde a compressão da mama, até a imagem final a avaliação segue critérios pré-conhecidos.
Partindo de parâmetros de aquisição automática do equipamento para uma mama simulada via phantoma, avalia-se a parte elétrica do equipamento, tensão (kV ou kVp), tempo (ms) e corrente-tempo (mAs).
A qualidade de imagem via phantoma específico é avaliada de acordo com o sistema de aquisição, seja CR ou DR.
O sistema automático de compressão é avaliado, uma vez que é através deste que a técnica será gerada pelo equipamento a fim de garantir a qualidade de imagem desejável. A força de compressão também é outro fator de suma importância, pois deve garantir que a força nominal dada pelo equipamento está de acordo com a medida e dentro das normas.
Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou recentemente uma pesquisa que mostra o quanto o país está longe de vencer o câncer mamário. Segundo um levantamento, 60% das mamografias apresentadas pelas pacientes da rede pública, feitas em clínicas particulares conveniadas ou em hospitais da rede, tiveram de ser refeitas devido à sua má qualidade, aumentando com isso os riscos de câncer. Problemas como sujeira, impressões digitais e revelações malfeitas, assim como a utilização inadequada do mamógrafo acaba escondendo as lesões, levando a um diagnóstico errado e trazendo transtornos para médicos e pacientes.
O teste de qualidade da imagem para mamografia deve ser realizado mensalmente por profissional treinado e capacitado.
Uma imagem e um relatório de avaliação de todos os testes em cada mês, devem ficar a disposição das autoridades sanitárias para inspeção.
Observamos que o simulador de mama ou Fantoma, (utilizado no teste), deve ser credenciado pela ACR -American College of Radiology de acordo com exigência da RDC 330/2019 – ANVISA.
Recentemente foi publicado pelo Ministério da Saúde o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia – PNQM – Portaria MS/GM No. 531 de 26 de Março de 2012.
Esse documento reúne uma série de exigências para garantir a qualidade dos exames, laudos em mamografia e riscos associados ao uso dos Raios X. Dentre as exigências estão os controles de qualidade exigidos pela RDC 330/2019 -ANVISA.
Os testes de controle de qualidade são realizados com a seguinte freqüência:
Testes de controle de qualidade | Frequência |
Colimação | Semestral e após reparos |
Exatidão e Reprodutibilidade da tensão do tubo | Anual e após reparos |
Reprodutibilidade e linearidade da taxa de kerma no ar | Anual e após reparos |
Rendimento do tubo de Raios X | Anual e após reparos |
Exatidão e reprodutibilidade do tempo de exposição | Anual e após reparos |
Reprodutibilidade do controle automático de exposição | Anual e após reparos |
Camada semi-redutora | Anual e após reparos |
Ponto focal | Anual e após reparos |
Dose de entrada na pele | Bianual e após reparos |
Desempenho do controle automático de exposição | Anual e após reparos |
Desempenho do controle de densidade | Anual e após reparos |
Força de compressão | Anual e após reparos |
Qualidade da imagem | Mensal |
Luminância do negatoscópio | Anual e após reparos |
Garantimos todas as exigências da RDC 330/2019 incluindo:
- Treinamento dos técnicos para otimização do processo de produção de imagens, melhoria da qualidade e proteção individual;
- Levantamento radiométrico e radiação de fuga do cabeçote para proteção de médicos, técnicos e pacientes;
- Avaliação das processadoras automáticas;
- Avaliação da câmara escura;
- Avaliação periódica dos equipamentos de proteção individual;
- Avaliação dos negatoscópios;
- Assessoria técnica.
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