Na rotina de um hospital com emergência em cardiologia é comum que chegue um paciente praticamente morto, pois teve uma parada cardíaca ou uma obstrução de uma artéria, que precise ser levado para uma sala de hemodinâmica. Em seguida, um médico especialista faz um corte de 1 a 2 centímetros em uma artéria deste paciente, entra com uma guia até a região obstruída, desobstrui essa região e coloca um dispositivo, uma prótese. E, assim, o paciente sai de lá vivo e pode viver mais 5, 10, 20, 30 ou até 50 anos.
O benefício do uso das radiações ionizantes na medicina é imensurável, se não houvesse esse tipo de tecnologia, como uma hemodinâmica – que faz um filme real do interior do paciente – jamais se conseguiria salvar esse paciente e aumentar a expectativa de vida dele. Para isso, para poder salvar vidas e não prejudicar quem trabalha com radiação, nós utilizamos de vários dispositivos para blindar essa radiação e minimizar os efeitos nos colaboradores.
Equipamentos de segurança
Além dos equipamentos de proteção coletiva: o visor suspenso, o saiote lateral plumbífero; há também os equipamentos de proteção individual: avental, protetor de tireoide, óculos, capacete e dosimetria pessoal. Esses equipamentos são fundamentais para proteção radiológica no dia a dia. E não se esqueça: esses equipamentos devem ser avaliados com frequência. Procure o supervisor de proteção radiológica do seu hospital e peça a avaliação dos equipamentos de proteção individual.
Estes equipamentos são feitos de uma borracha plumbífera, que caso amassada, pressionada ou utilizada de forma inadequada, irá rachar. Consequentemente, a radiação irá passar pela rachadura e interagir com o meu corpo. Por isso, a avaliação de equipamentos de proteção individual é fundamental para a eficiência da proteção radiológica na rotina de um hospital.
Usando um drone para fazer uma Dosimetria Eletrônica
Nós estamos num ambiente de alta tecnologia. Um dos setores que mais consome tecnologia de ponta é o diagnóstico de imagem. Eu, como ser humano, não posso servir como cobaia para medir radiação e avaliar a eficiência desse tipo de proteção. Para isso, vou fazer o uso de um drone com um dosímetro eletrônico suspenso na ponta. Com ele, vamos simular exames e procedimentos nessa sala e posicionar esse dosímetro na posição real de um profissional que trabalha com hemodinâmica. Assim, podemos avaliar o valor real de uma proteção radiológica neste ambiente.
Espero que esse vídeo tenha trazido um benefício real para quem trabalha em hemodinâmica. Nosso objetivo aqui é proteger profissionais que fazem uso de radiação, maximizando o benefício para o paciente.
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