Trabalhadores brasileiros expostos à radiação têm doses acompanhadas pelo IRD

Dosímetros registram as doses de radiação recebidas pelos trabalhadores

Mais de 140 mil trabalhadores ocupacionalmente expostos à radiação ionizante no país têm suas doses acompanhados pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD). O número de trabalhadores monitorados cresce exponencialmente. Os dados mostram que a dose média vem diminuindo ao longo dos anos, de 1,4 mili Sievert por ano a menos de 0,4 miliSievert ano. Como a instituição tem como atribuição principal promover o uso seguro da radiação, investindo em tecnologias e pesquisas, estes dados confirmam sua eficácia, com a otimização dos procedimentos de radioproteção.

 

Os trabalhadores precisam ser monitorados com dosímetros individuais fornecidos por serviços de monitoração individual externa de fótons autorizados pelo IRD. Para manter a autorização, estes serviços devem enviar mensalmente ao instituto informações sobre os trabalhadores e, anualmente, suas doses. Os dados ficam armazenados no banco de dados Gdose (Gerência de Dose Ocupacional Externa).

 

Quando se lida com radiação ionizante, três aspectos importantes devem ser ressaltados, para a área de proteção radiológica: tempo, blindagem e distância. Ou seja, o tempo de exposição à fonte radioativa, a blindagem adequada para que a exposição as radiações emitidas por essa fonte sejam minimizadas e a distância a que se está desta fonte. Quanto menor o tempo de exposição, menor a dose, assim como quanto maior a distância, menor a exposição. A blindagem é outra forma de proteção para o trabalhador, de forma que os limites de exposição sejam respeitados.

A pesquisadora da Divisão de Física Médica do IRD Lídia Vasconcelos de Sá explica que além do acompanhamento da dose individual do trabalhador, é importante a observação dos resultados mensais e as propostas de melhorias para redução da exposição.

Ainda de acordo com a especialista, pode-se dizer que as condições ideais são o atendimento e manutenção dos requisitos normativos, o treinamento específico e adequado dos trabalhadores e, ainda, um canal de comunicação aberto entre o trabalhador e o responsável pela proteção radiológica.

“Toda e qualquer atividade envolvendo o uso da radiação está devidamente regulamentada e é fiscalizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear”, acrescenta a diretora do IRD, Dejanira da Costa Lauria.

Fonte: IRD

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