Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, estima-se que 60% da população brasileira apresente nódulos na tireóide em algum momento da vida. Felizmente, apenas 5% dos nódulos detectados são malígnos. Deste total, 85% dos pacientes, com diagnóstico confirmado da doença em estágio inicial, alcançam a cura após o tratamento.
A radioiodoterapia utiliza iodo radioativo (I-131) para o tratamento dos pacientes portadores de câncer diferenciado de tireóide. Sendo que, para este tipo de terapia o paciente deverá permanecer internado, em isolamento, devido a radiação, em um quarto terapêutico apropriado para este fim, até que a maioria deste elemento radioativo (I-131) seja eliminado pelo paciente.A parceria entre a Brasilrad com a o serviço de medicina nuclear do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) de Tubarão-SC , tornou possível à criação do quarto terapêutico que teve sua instalação recentemente inaugurada.
O Quarto Terapêutico é uma instalação radioativa com características bem peculiares. No projeto são levados em consideração aspectos de localização, conforto, segurança e principalmente a humanização, tendo em vista a apreensão e o desconhecimento da maioria dos pacientes que são submetidos a este tipo de tratamento. Além destes aspectos, a estrutura do quarto terapêutico deve permitir uma boa circulação dos pacientes, a monitoração dos pacientes a distância pela equipe de enfermagem (câmeras de TV), sistema de climatização, uma ante sala para a administração das doses terapêuticas e um banheiro privativo. A instalação ainda deve possuir uma blindagem adequada e um sistema de esgoto eficaz e independente que permita a eliminação das excretas dos pacientes na rede de esgoto do hospital. A construção e a liberação do quarto terapêutico deve ser autorizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) que é o órgão federal que regulamenta e fiscaliza a utilização de isótopos radioativos no território brasileiro.A instalação do quarto terapêutico do HNSC foi inaugurado mas ainda espera a autorização da CNEN para realizar suas primeiras terapias.
A unidade é acompanhada e supervisionada pelo físico médico, especialista em Medicina Nuclear da Brasilrad, Tiago R. Jahn, que representa a instalação perante a Comissão Nacional de Energia Nuclear.