Uma técnica que identifica infecções de malária no sangue usando ímãs e lasers de bolso foi desenvolvida por cientistas na Hungria. Ela explora as propriedades magnéticas e ópticas de resíduos cristalinos produzidos por parasitas da malária na corrente sanguínea e oferece uma alternativa barata, sensível e confiável para os instrumentos de diagnóstico.
A malária é uma doença transmitida por um vetor infeccioso. Ela é contraída por 200 milhões de pessoas a cada ano e ela pode ser fatal. Até o momento, a ciência médica surgiu com equipamentos caros para diagnosticar a doença.
Um artigo de 2008 descreve uma forma de explorar o comportamento magneto-óptico de “haemozoin” – uma substância cristalina excretada por parasitas da malária – que primeiro chamou a atenção de István Kézsmárki, da Universidade de Budapeste. Quando os parasitas digerem a hemoglobina, eles ficam com uma substância conhecida como “heme”, que é altamente tóxica para eles, até que convertê-la em microcristais haemozoin insolúveis – também conhecido como pigmento malária.
Propriedades únicas
“Os cristais são bastante incomuns […] quando os parasitas transformam o heme em pigmento da malária, ele torna-se magnético”, explica Kézsmárki. “Não há outro material no sangue humano que têm as mesmas propriedades e os mesmos efeitos.”
A orientação cristal governa a intensidade de absorção ou espalhamento da luz incidente sobre ele. Então, colocar uma amostra de sangue infectado em um forte campo magnético faz com que todos os cristais, apontem na mesma direção. E com a luz incidida nesta região é possível detectar os cristais decorrentes da contaminação com malaria.
Solução sensível
Testes de laboratoriais podem identificar concentrações de parasitas em volumes muito pequenos de sangue de até 5/?L, porém estas testes são muito caras e inviáveis diagnóstico em grande escala em áreas rurais, onde a malária é endêmica. Testes de diagnóstico rápido, que envolvem mais do que uma gota de sangue numa tira de antígeno revestido de plástico, são rápidos, portáteis, baratos e simples, mas eles possuem um limiar de sensibilidade de cerca de 100 uL – o que é muito elevado para detectar a infecção em fase precoce.
Kézsmárki e sua equipe descobriram que com a técnica que utiliza lazeres e imãs além de ter um custo acessível seria possível detectar concentrações de parasitas em volumes de até o 25/?L de sangue e, podendo assim diagnosticar a doença em faze inicial e aumentando assim a chance de cura.
A pesquisa está disponível no endereço: http://arxiv.org/abs/1210.5920