Técnicos do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) trabalham na segurança radiológica e nuclear durante a Copa das Confederações, torneio que se realiza entre os dias 15 e 30 de junho, em seis cidades brasileiras.
Os especialistas do IRD e das unidades da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) realizam a monitoração radiológica
em aeroportos, veículos utilizados pelas delegações, locais de treinamento, hotéis que recebem as delegações e nos estádios em que os jogos serão realizados. A atividade tem como objetivo promover a segurança para o público, atletas e demais profissionais envolvidos na competição.
Acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos permitiu um reforço em termos de equipamentos capazes de detectar radiação. Ocorreram também treinamentos com especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica – organismo das Nações Unidas para a área nuclear – e do Departamento de Energia norte-americano, que capacitou especialistas que irão realizar o trabalho de varredura radiológica nos estádios e monitoramento. A atividade garante que no local da competição não há materiais radioativos ou nucleares que representem risco à segurança de todos os participantes. A partir disso, é mantida a monitoração radiológica e nuclear no controle de acesso de público nos estádios.
Para o trabalho, serão utilizados oito equipamentos sparcks, que realizam o rastreamento terrestre ou até mesmo aéreo para a presença de material radioativo ou nuclear, sendo que dois pertencem à CNEN e mais seis foram recebidos dos EUA por empréstimo. Também serão utilizadas oito mochilas com equipamentos detectores de radiação provenientes dos EUA, outras seis da AIEA e 4 da CNEN. Equipamentos de menor porte, chamados identificadores, capazes de analisar e identificar o tipo de material encontrado serão empregados: 26 da AIEA e seis da CNEN. Outros 210 pagers estarão distribuídos para os vários agentes de segurança que atuarão durante o torneio. Desse total, 40 foram recebidos dos EUA, 120 da AIEA e 50 da CNEN.
Os técnicos dispõem de equipamentos sofisticados e ultrassensíveis capazes de apontar a presença indesejada de material radioativo e nuclear e de identificar qual o tipo de material. De prontidão, permanece uma equipe de resposta a ocorrências de natureza radiológica e nuclear, em suporte às Forças de Segurança Pública. Outra equipe, especializada em resposta a emergências radiológicas e nucleares, é mantida em regime de sobreaviso.
Os técnicos brasileiros já atuaram como especialistas da AIEA nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e durante a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, oferecendo treinamento nesta área. Além disso, ministraram treinamento no país para as Forças Armadas sobre segurança radiológica e nuclear.
O trabalho, que serve de apoio à área de segurança pública, foi iniciado pelo país nos jogos Panamericanos de 2007, no Rio de Janeiro. O Brasil foi o quarto país no mundo a desenvolver esta atividade.
Fonte: IRD