Estudo, entretanto, reconhece a possibilidade de um aumento do risco de câncer de tireóide entre as crianças mais expostas à radiação. 26 casos foram confirmados
Um novo estudo da ONU, apresentado nesta quarta-feira, 2/04/14, em Viena, na Áustria, aponta que é improvável que as taxas de câncer no Japão aumentem após o acidente nuclear de Fukushima, em 2011.
Embora reconheça uma pequena possibilidade de um aumento do risco de câncer de tireóide entre as crianças mais expostas à radiação, a pesquisa rejeita a probabilidade de uma maior incidência de outras doenças, incluindo problemas hereditários e nascimentos com más-formações. “Como cientista, diria que o risco é baixo. Sigam com suas vidas e não tenham medo”, declarou o responsável pelo relatório, Wolfgang Weiss.
Neste sentido, o presidente da UNSCEAR, o sueco Carl-Magnus Larsson, calcula um aumento de risco de ocorrências de 0,1% entre a população que teve contato com as maiores níveis de radiação – estima-se que cerca de mil crianças receberam dose perigosas (de entre 100 e 150 miliGray). “Com base nesta avaliação, o Comitê não espera mudanças significativas nas futuras estatísticas de câncer que possam ser atribuídas à exposição da radiação do acidente”, acrescentou o especialista no relatório. O documento também afirma que o câncer de tireóide é incomum entre menores e que seu risco, normalmente, é muito baixo.
No entanto, segundo Weiss, isso não significa que não vá haver tumores relacionados com a radiação, mas sim que seu número será tão baixo que não será possível diferenciá-lo dentro das variações normais nas estatísticas.
O impacto da radiação, segundo o relatório, teria sido reduzido pela rápida evacuação da população local após a catástrofe.
Leia mais em: RevistaGalileu – Acesso em 06/04/2014