Conversando com colegas sobre a nova Resolução da ANS, um ponto ficou claro: estamos discutindo a idade certa para a mamografia, mas esquecemos da qualidade dos exames.
Recentemente entrei em uma conversa com outros caros colegas do setor da saúde e o assunto não poderia ser outro: a nova Resolução Normativa da ANS e a polêmica sobre o rastreamento do câncer de mama.
O debate gira em torno de quem deve ser chamado para a mamografia, em qual idade e sob quais critérios. Mas conforme a conversa avançava, percebi que estávamos ignorando um problema muito maior — de que adianta trazer mais mulheres para os exames se a qualidade das imagens geradas por muitos mamógrafos ainda é baixa?
A Resolução Normativa da ANS sobre Boas Práticas das Operadoras propõe um modelo de busca ativa para mulheres de 50 a 69 anos, garantindo que sejam convocadas para o rastreamento. Mas essa mudança, que deveria ser um avanço, gerou um alvoroço, porque muitos entenderam (erroneamente) que mulheres de 40 anos perderiam acesso à mamografia.
A questão central, no entanto, é: antes de falarmos em ampliar ou restringir o rastreamento, não deveríamos garantir que os exames feitos hoje sejam confiáveis?
30% a 50% dos mamógrafos no Brasil não atendem aos padrões mínimos de qualidade
Atualmente, entre 30% e 50% dos mamógrafos em funcionamento no país não entregam imagens de qualidade suficiente para um diagnóstico preciso.
Isso significa que milhares de mulheres podem estar recebendo exames inconclusivos ou até falsos negativos, adiando um diagnóstico que poderia ser feito mais cedo.
Além disso, apenas 60% das unidades de saúde realizam o controle de qualidade adequado dos mamógrafos, incluindo os testes diários exigidos pela RDC 611. Esse dado levanta uma questão urgente: estamos de fato rastreando o câncer de mama ou apenas gerando um volume de exames que podem falhar no momento mais crítico?
O diagnóstico precoce não se resolve apenas mudando a idade do rastreamento
Reduzir a idade mínima para mamografia pode parecer a solução ideal, mas a pergunta que deveríamos estar fazendo é: por que tantos casos ainda são descobertos tardiamente, mesmo com as diretrizes atuais?
Se todas as mamografias fossem feitas em equipamentos bem calibrados, com testes frequentes, operadores qualificados e médicos com monitores adequados, a detecção precoce aumentaria naturalmente. Mas, na realidade, há regiões do Brasil onde a qualidade da mamografia está muito abaixo do ideal.
Tecnologia e protocolos rígidos são a chave para exames realmente eficazes
Se queremos mudar essa realidade, não basta discutir a idade do rastreamento – precisamos garantir que os exames tenham qualidade mínima para qualquer idade!!
No Brasil, a legislação já exige testes diários de imagem dos mamógrafos para assegurar que eles estejam em condições mínimas de diagnóstico.
Hoje, plataformas como o ProtectRad facilitam esse controle, garantindo que os testes exigidos pela RDC 611 sejam feitos de forma automatizada e padronizada. Isso reduz falhas, assegura que os equipamentos estejam dentro dos padrões e, principalmente, dá aos profissionais mais tempo para focar no que realmente importa: o paciente.
Antes de aumentar o volume de exames, precisamos garantir que eles sejam confiáveis
O rastreamento do câncer de mama é essencial, mas ele só faz sentido se os exames forem realizados com qualidade e segurança.
Se não garantirmos a confiabilidade dos exames, continuaremos a ver diagnósticos tardios e tratamentos iniciados quando já há poucas opções. Doenças de mama detectadas em estado inicial, tem até 95% de chances de cura.
Antes de qualquer mudança nas diretrizes, a pergunta essencial deveria ser: O Brasil está realmente pronto para expandir o rastreamento, ou estamos apenas aumentando o número de exames sem garantir que eles tenham qualidade?
Se a resposta for “não” – e infelizmente, ainda é –, então a nossa prioridade precisa ser corrigir esse problema primeiro.
E você, o que acha? Me responde para continuarmos o debate pertinente!
Como a BrasilRad pode te ajudar?
Os desafios na infraestrutura da saúde exigem soluções estratégicas — e é aqui que a BrasilRad entra. Não somos apenas uma prestadora de serviços, somos parceiros na jornada pela excelência na radiologia.
Combinamos tecnologia, conhecimento e suporte especializado para garantir que sua operação esteja sempre segura, eficiente e em conformidade com as normas nacionais e internacionais.
🔹 Estudo de viabilidade econômica e financeirapara aquisição e implementação de equipamentos e treinamentos.
🔹 Cálculos de Blindagem para Aceleradores Lineares e licenciamento na CNENpara dar segurança e garantir a aplicação das normas vigentes desde o início do projeto.
🔹 Testes de aceitação e controles de qualidade periódicos, assegurando a máxima precisão dos equipamentos.
🔹 Software de Gestão de Documentos e Testes(diários, semanais e semestrais) para manter tudo sob controle.
🔹 Consultoria especializada e treinamentos personalizados para equipes e profissionais da radiologia médica.