Especialistas em segurança radiológica e nuclear entram em campo na Copa do Mundo

O trabalho é voltado à segurança do público, atletas e todos os envolvidos na competição.

O trabalho é voltado à segurança do público, atletas e todos os envolvidos na competição.

O início da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, dia 12 de junho, envolve uma série de preparativos para o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD). Em dias de jogos, os especialistas atuarão no controle de acesso de público aos locais da competição. Além disso, realizarão vistorias em veículos utilizados pelas delegações, varreduras radiológicas em estádios, centros de treinamento, hotéis e em quaisquer outras instalações estratégicas julgadas necessárias pela área de segurança pública . As ações desempenhadas estão voltadas à proteção do público, atletas, delegações, autoridades e de todos os envolvidos na competição.

A atividade tem como objetivo  apoiar o projeto das áreas de  segurança e defesa, impedindo a entrada de materiais radioativos ou nucleares em locais que representem risco  aos participantes. Além de todo o trabalho prévio, nos dias de jogos é realizada a monitoração radiológica e nuclear no controle de acesso de público nos estádios. O trabalho já foi realizado pelas equipes brasileiras em grandes eventos mundiais como a Copa das Confederações  e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, a Conferência Rio +20, em 2012, além dos Jogos Panamericanos de 2007.

 

As equipes utilizam equipamentos sofisticados e ultrassensíveis capazes de apontar a presença indesejada de material radioativo e nuclear, além de identificar qual o tipo de material.  Durante os jogos, permanece de prontidão uma equipe de resposta a ocorrências de natureza radiológica e nuclear, além da equipe do plantão semanal de atendimento a emergências, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, durante todos os dias do ano.

Diversos tipos detectores de radiação, como pagers, identificadores, mochilas e veículos de rastreamento, serão empregados em cada uma das 12 cidades-sede do torneio. Equipamentos denominados sparcks permitem o rastreamento terrestre ou  aéreo para a presença de material radioativo ou nuclear. Todo o trabalho é estruturado para servir de suporte às Forças de Segurança Pública e de Defesa.

Serão 300 servidores da Comissão Nacional de Energia Nuclear atuando, com no mínimo 15 especialistas por cidade,  nas cidades de Manaus, Natal, Salvador, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre. Nas cidades onde a Comissão possui seus maiores institutos de pesquisa– São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife -, haverá até 24 profissionais por jogo. Além das atividades nos locais de interesse para o torneio, a equipe baseada no Rio de Janeiro, assume a coordenação operacional, o apoio logístico, assessoria radiológica e resposta a emergência, em suporte a qualquer uma das cidades-sede. O trabalho é realizado de forma coordenada com o grupo QBRN (químico, biológico, radiológico, nuclear e explosivos), do  Exército e com o grupo de explosivos da Polícia Federal.

Treinamentos

Durante o mês de maio estão ocorrendo treinamentos das equipes, formadas por  12 coordenadores, um para cada cidade-sede, além do coordenador-geral. Especialistas do Departamento de Energia dos Estados Unidos ministrarão um curso em São Paulo, entre os dias 2 e 6 de junho, sobre a utilização de equipamentos de detecção radiológica, técnicas de medidas e procedimentos de  monitoração.

“Estamos nos preparando para que na Olimpíada essa assistência internacional em termos de empréstimos de equipamentos seja menor ainda”, destaca Raul dos Santos. Todo o treinamento e cessão de equipamentos não implica em qualquer custo para o Brasil, pois ocorrem no âmbito do acordo de cooperação Brasil-Estados Unidos, que a partir de 2007 incluiu a área de segurança radiológica e nuclear em grandes eventos.

Outro treinamento diz respeito à capacitação de médicos que possam ter um papel de resposta em um acidente radiológico ou nuclear. Os profissionais participarão de um curso que será ministrado em Brasília, de 03 a 05 de junho,  por especialistas norte-americanos. Serão 36 médicos que atuam nas cidades-sede, oriundos de instituições aptas a prestar o primeiro atendimento a eventuais vítimas de acidentes radiológicos ou nucleares.

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